PARTE 2 - As Cores e Suas Teorias
- Isabella Mirindiba
- 4 de mar. de 2020
- 3 min de leitura
Adentrando o século XX, temos o pintor Albert Munsell (1858-1918) que compreendeu que as cores possuem três dimensões. São elas: matiz, profundidade e intensidade. O que pode ser entendido aqui é que quanto maior for a presença de preto em uma cor, maior será sua profundidade e, quanto mais branco estiver presente, menos profunda ela é. O mesmo vale para a intensidade, quanto menor for a presença de cinza, mais vibrante será a cor e vice-versa. A partir deste momento, a complexidade do entendimento das cores começa a se tornar evidente.
Figura 4: Sistema de Cores de Munsell

Seguindo os passos de Goethe, o professor e pintor suíço Johannes Itten (1888-1967) também notou que as cores carregavam sentimentos. Ao observar seus alunos pintarem, ele percebeu que a personalidade e a cor da pele, cabelos e olhos de seus alunos interferiam em seus trabalhos. Os alunos que tinham peles com subtom mais amarelado (quente), possuíam personalidades mais alegres e cheias de entusiasmo; já os que possuíam peles de subtom mais avermelhado (frio) tendiam a serem pessoas mais melancólicas e sensíveis. Além disso, a utilização de cores nos quadros de seus alunos eram reflexo de suas personalidades e tonalidade de pele.
A partir desse momento, Robert Dorr (1939-2016) aprofundou os estudos de Itten - que classificou as cores em estações - e tornou evidente que as peles possuem um subtom, que pode ser amarelo (quente) ou vermelho (frio) . Essa descoberta revolucionou a indústria dos cosméticos, pois adequou as tonalidades de base, blushes, batons e sombras para cada pele.
Partindo do princípio que as cores são formadas de misturas, como vimos anteriormente com da Vinci e de que as peles podem ser quentes ou frias, como vimos com Itten e Dorr, Deborah Chase (1956-) foi além e provou que a cor de nossa pele também é formada por mistura de tons. São eles: melanina, caroteno e hemoglobina. A melanina confere o tom marrom; o caroteno, o amarelo e a hemoglobina, o vermelho. Com isso, pode-se dizer que todo mundo possui os três tons em suas peles, o que muda é a quantidade de cada um.
Por fim, mas não menos importante, temos a fotógrafa brasileira Angélica Dass (1979-) que fez um trabalho incrível de conscientização da diversidade étnica e também nos ensinou muito sobre as cores. Em parceria com a Pantone, criou o Projeto Humanae, que mostra que somos mais do que preto e branco, cada um de nós possui uma cor única e por isso há uma variedade tão grande de tons.
Figura 5: Projeto Humanae de Angélica Dass

De fato podemos observar que o estudo das cores está longe de ser considerado como terminado. Cada dia mais são descobertas novas perspectivas e nuances sobre as cores que anteriormente ninguém havia percebido. Por isso é importante continuarmos a observar o mundo e as cores ao nosso redor! O que mais vocês sabem sobre cores?
POST A Influência das Cores nas Culturas: https://www.isabellamirindiba.com/post/a-influ%C3%AAncia-das-cores-nas-culturas
REFERÊNCIA
Curso de Análise de Coloração Pessoal - Módulo I por Luciana Ulrich
FIGURAS
Figura 1: Isaac Newton e a Teoria da Cor e Luz. Disponível em:<http://ail2015.org/index.php/2016/06/13/a-estranha-natarlos-fiolhais/>. Acesso em: 18 jan 2020.
Figura 2: O Círculo Cromático de Goethe. Disponível em: <https://designculture.com.br/cores-falam> Acesso em: 01 mar 2020.
Figura 3: Contraste Simultâneo das Cores. Disponível em: <http://www.talithatartari.com.br/contrastesimultaneodascores/>. Acesso em 01 mar 2020.
Figura 4: Sistema de Cores de Munsell. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_de_cores_de_Munsell>. Acesso em: 01 mar 2020.
Figura 5: Projeto Humanae de Angélica Dass. Disponível em: <https://www.correio24horas.com.br/noticia/nid/somos-alem-de-preto-e-branco-diz-angelica-dass-em-entrevista-para-o-somos/>. Acesso em: 01 mar 2020.
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